Ainda me lembro quando a chamada "TV Cabo", que hoje em dia dá por nomes de outras companhias como a MEO, a NOS e etc, não residiam cá em casa e os canais eram apenas designados por 1 digito. Nos tempos em que aos fins-de-semana eram acompanhados de filmes e não de festinhas das terrinhas desse Portugal fora. E quem se lembra destes tempos, deve de certeza ter algumas memórias dos extensos intervalos entre fosse lá o que fosse que estivesse a dar na televisão. Até o telejornal não se escapava aos momentos de pausa em que nós, os coitados, leváva-mos com uma injeção de publicidade, quase como se fosse Natal o ano inteiro.
Entretanto lá veio os belos dos canais com não-sei-quantos digitos e as antenas parabolicas penduradas nos telhados de quase meio Mundo. Era fantastico, a quantidade de coisas que se podia ver e o tempo que se passava a fazer "zaping" sem nunca repetir um programa. Foi uma revolução sem dúvida. Mas a parte mais positiva de ter canais como a FOX, o HOLLYWOOD e por aí fora, era mesmo a ausencia das ditas pausas que me irritavam profundamente. Canais Portugueses, ou a televisão comum, como lhe queiram chamar, foi coisa que nunca mais passou pelo meu comando. Para quê estar á espera durante meia hora, que o filme volte a recomeçar, quando posso ver um filmezito de uma ponta á outra sem qualquer interrupção? Era bom, não era? Mas como tudo o que é bom acaba depressa, a moda dos intervalos longos que a TVI me oferecia continuamente, chegou a todos os canais pelos vistos. Hoje enquanto via, com o suspense completamente em alta, mais um episódeo dos meus queridos zombies na FOX, contei pelo menos 3 intervalos, sempre com as mesmas "técnicas de venda" durante tempos indeterminados. Ia mesmo jurar que uma das partes da série teve apenas 15 minutos de transmisão entre o raio dos intervalos.
Portanto senhoras e senhores, a TVI (e afins) conseguiram finalmente, depois de tantos anos, criar uma moda/tendência ao invés de copiar todos os outros canais livres de todos esses tempos mortos como já é costume. Acho que o resto dos canais deviam pagar á TVI, os direitos de autor pela ideia dos intervalos (mais que) longos.
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