quarta-feira, 23 de abril de 2014

Em análise

Ainda me sinto uma criança. Em todos os sentidos. Pela maneira como oiço musica, como corro na rua e como sorrio para as pessoas. Até a maneira como olho para um céu cheio de nuvens, me faz lembrar o que os meus olhos viam nos tempos de infancia. Começo a imaginar e visualizar situações e histórias que provavelmente nunca vão existir em tempo algum, mas o cérebro não para e a cada segundo essa mesma história vai ganhando mais e mais intensidade. A música que oiço transporta-me para lugares onde gostaria de estar, ou onde poderia ser feliz. Lugares onde poderia criar mais história por olhar para diferentes céus com nuvens. Até o proprio sol, que me enche de uma felicidade repleta só por estar a olhar por mim, a reluzir em mim. É disto que eu gosto. De ser esta criança. De continuar a sentir todos os pequenos detalhes que a natureza e a vida nos dão, mesmo aqueles que não conseguem ser vistos a olho nú, mas apenas sentidos cá dentro. Porque se deixar de ser criança, signifca perder toda a capacidade de ver o encanto que existe no Mundo, então espero ser criança para sempre. Quero continuar a tirar fotos a flores e a admirar durante horas as cores que consegui captar. As gotinhas de água, os insectos, a vida que captei. Gosto de acreditar em ovnis e tais coisas de outro Mundo, porque quero acreditar que existe mais para além disto. Deste Planeta que aos poucos vai perdendo tudo o que tem. Porque quando volto á realidade, ao Mundo adulto, tudo isto deixa de fazer sentido, e olhar para um céu repleto de nuvens é apenas mais um dia de aborrecida chuva. Perdemos a essencia do que nos trouxe aqui. A inocencia de apenas ser e deixar ser. Temos que ser maiores, melhores e tudo mais que alguém. Quero continuar a sorrir á pessoa que se encontra do outro lado da rua apenas porque sim, porque até posso trazer algo de bom ao dia de alguém. Parte-me o coração ver um animal na rua e tento ajudar o maior número de organizações que consigo e da maneira que conseguir, para salvar esses pobres seres tão inocentes. Não me julgam, não me acusam e não me magoam. E neste meu mundinho cor-de-rosa, a que muita gente chama infantilidade, eles são os meus melhores amigos. Tudo isto faz parte da minha essencia.  Devo dizer que prefiro ser criança a minha vida toda do que perder realmente a essencia que me torna alguém.

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