segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

A idade não perdoa. Cheguei á era das anotações.


Eu sei que apenas são apenas 23 aninhos, a caminhar para os 24, mas esta cabecinha já não é o que era nos dias de antigamente. Hoje em dia apenas lá chego com a ajuda de caderninhos, blocos e anotações ou avisos no telemovel. Seja lá sobre o que for. Desde ás contas para pagar, ou coisas importantes que alguem me pediu para fazer. Recados então podem mesmo esquecer, se não for tudo apontadinho por escrito a coisa não vai lá, e mesmo assim muitas das vezes ainda me esqueço de consultar o bloco de notas.
Realmente a idade em que me lembrava de tudo, tudo, tudinho já passou á algum tempo. Mas bons tempos realmente. Agora até as malas têm de ser maiores para poderem andar com as canetas e os caderninhos atrás de mim para conseguir escrever durante o dia as coisas que me vão dizendo.
Quem não acha muita piada a isto é mesmo a Mãe, que perde tempos a escrever recados cada vez que tenho uma folga, porque coitada já sabe o que a casa gasta e não vale a pena perder latim a dizer-me que amanha tenho tenho de limpar a casa, estender a roupa ou fazer-lhe o jantar porque ela chega mais tarde. O mais provavel, e que acabaria por acontecer, era ouvir um belo ralhete por não ter feito nada e ainda ter de me dirigir á churrasqueira mais próxima comprar um frango para alimentar aqui a casa.
E como se não bastasse, agora ainda estou a avançar mais nesta coisa do esquecimento, em que me esqueço de ir ver o que escrevi. --' Há lá paciencia para o envelhecimento? E logo eu que sempre fui boa a lembrar-me de datas e acontecimentos. Este ano até do aniversário do Pai me esqueci e sabe Deus o que quanto me custou, mas a cabeça não deu mesmo para mais. Se isto continua assim, daqui a pouco passo a esquecer-me também do meu aniversário.
Se não forem as anotações hoje em dia, não me safo neste Mundo cheio de horários, regras e confusões. É da idade.

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