...e eu nisto. Acho que já pareço a minha mãe. Quando não tem nada para fazer inventa e eu vou pelo mesmo caminho. Comecei as férias com a decisão de arrumar o roupeiro, e pronto lá ganhei coragem e foi o que fiz. Cada vez que este fenómeno raro acontece(acaba por ser raro porque demora horas a ser feito), acabo por mandar fora imensas coisas que ao que me parece são só tralha e só está ali a ocupar espaço que podia preencher com outra qualquer. Apesar de nas fotos só estarem representados os conteúdos do roupeiro, a verdade é que dei a volta a todas as gavetas do quarto, o que por si demorou mais tempo ainda. Sorte a minha que a musica que me acompanhava durante o processo era de boa qualidade e sempre deu para distrair. Quando tiver uma casa(da qual eu seja proprietária), tenho de ter um closet, ou no máximo dos máximos um roupeiro maior, porque pelo andar da carruagem, teria de deixar tudo aqui quando me mudasse para a minha casa, e viria trocar de roupa a casa dos pais. Até pode ter piada dito assim, mas a verdade é que já aconteceu. Antes de nos mudamos para esta casinha fofinha que temos agora, estávamos ainda na casa da minha avózinha, mas as roupinhas já estavam aqui. Imaginem-me a ir de pijama de uma ponta á outra da rua. Devia ser um espectáculo digno de se ver. A sorte é que os vizinhos são poucos e na altura acho que não eram mesmo nenhuns. Ah recordações do arco da velha. Voltando ás minhas queridas férias, espero não me lembrar de as passar todas nas arrumações como a minha mãe. Com tanta coisa que podia herdar da senhora, fui logo apanhar a mania compulsiva das arrumações.
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