quinta-feira, 18 de setembro de 2014

A minha Lisboa

Ela é feia, cheira mal, e dá-me cabo da cabeça e dos níveis de stress. Mas sem ela, eu não era ninguem. Lisboa. A minha querida Capital que tanto me fez sorrir na infancia e que por aquelas ruas hoje me devolve os mesmos sorrisos. Aquela Terra onde hoje eu sou princesa para mim própria e onde a minha liberdade ganha sentido e razão de ser. Por aquelas ruas repletas de histórias contadas e por contar, e por toda as emoções em forma de melodia que as pedras da calçada querem cantar. Terra do teatro e o meu centro do Mundo, tem mais cultura para entregar de mão beijada a quem a quiser receber, do que qualquer livro que se possa comprar. Aqueles bancos de jardim que já viram mais histórias de amor do que qualquer cinema e mais lágrimas do que gotas de chuva, todas as promessas, desgostos e traições. Todas as histórias de vida de uma populaçao em geral. Esta minha Lisboa que aos meus olhos não tem nada de especial é tambem a Terra da minha vida, e cada vez que os meus pézinhos têm o prazer de chegar até ela, á qualquer coisa cá dentro que se ilumina e eu sou menina outra vez. Não é pelas lojas, pelos centros comerciais ou por coisas desse género, é pela vida que se transmite a cada semáforo de passadeira. Pelos olhares desconhcidos que se cruzam apenas por aquele segundo sem nunca dizerem um olá. É pelas linhas do Metro, pelos autocarros, pelos candeeiros de rua e por todos os quiosque por ali espalhados. É a minha Lisboa. Morar dentro dela, é coisa que não me fosse satisfazer, até porque a mesma perderia assim o seu encanto próprios que os meus olhos me mostram só a mim. Prefiro sim, passar por ela de vez em quando e matar saudades dando pequenos passinhos por todas aquelas ruas que me vão devolvendo os sorrisos que lhes ofereci quando a inocencia ainda reinava. É a minha Lisboa. E por mais feia que continue a ser, vai ser sempre a menina dos meus olhos. A minha Terra Paixão.

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