terça-feira, 12 de março de 2013

Querido Março dá-me a tua despedida...


Era suposto seres um mês romantico, de felicidade, de cor e energias positivas em todo o lado. O que raio se passou então? Será Março para toda a gente á excepção de mim. Neste momento és um mês triste, sem emoções, sem qualquer luminosidade a espreitar por detrás de todas aquelas nuvens que marcavam o Inverno que querem finalmente descansar. Onde deixaste o sol que deveria aquecer o meu coração e dar cor ao meu rosto desgastado de todo o preto e branco que o frio deixou para trás? Não podes dar-me pelo menos um pequeno sorriso e deixar entrar alguma felicidade no meu pequeno coração, agora transformado em pedra e deixado na solidão? Serás assim tão egoista, querido Março que não queiras partilhar os teus traços Primaveris e complementa-los com os meus, criando algo único, algo só meu. Magoas-me a alma, outrora repleta de sonhos positivos, com a desilusão que me provocas agora. Esperava tanto de ti, querido Março. Talvez até de mais. Pergunto-me a mim própria se alguma vez me vais mostrar o teu verdadeiro eu, ou se o previlégio pertençe apenas a outros que têm direito a sorrir. Já não canto por ti, querido Março. Já não existem músicas que possam chamar por ti e trazer-te comigo para onde quer que for. Pela mágoa que me provocaste digo-te agora Adeus. Que não voltes da mesma maneira e que acabes comigo de vez. Não o faças. Também tenho direito á vida que me foi atribuida e mostrar que também consigo sobreviver neste mundo de felizes que sorriem e irradiam luz harmoniosa á minha volta. Eu também serei capaz. Mas só depois de ires embora. Por favor querido Março, que a tua visita seja curta e que não cause mais aparato. Que não me tire o mundo por baixo dos meus pés. Deixa-me preservar alguma da minha mentalidade para que um dia possa, não sobreviver, mas sim Viver e curar o mal que me causaste. Por favor querido Março. Dá-me a tua despedida.

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